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Três vocábulos com o sufixo ista que se destacam: entomologista, etimologista e ornitologista

Muito popular, o sufixo ista se destaca entre tantos outros.

A começar, usamos há muito tempo termos como artista, dentista, ensaísta.

Hoje, vêm-nos outros, até os neologismos: surfista, tecladista, copista, atacadista, radialista etc. Guernicista.

Você é manobrista? Em que sentido?

O normal é que indica uma profissão ou o indivíduo com a tendência de…

Ista, sufixo, como está no dicionário, apresenta a ideia de agente (o balconista, o dicionarista, o propagandista) ou de partidário de sistema filosófico, religioso, político etc. (budista, comunista, ateísta, integralista, kantista, regionalista, capoeirista).

Eu sou um ‘guernicista’, admirador de Guernica, quadro famoso de Pablo Picasso, que retrata os horrores da Guerra Civil Espanhola, no tempo do Ditador Franco.

O número desses termos é extenso, e por mero cálculo, poderíamos chegar a cerca de três mil deles.

Para o efeito do comentário, a escolha por acaso recaiu em três, como se vê a seguir.

Entomologista, o estudioso de insetos, pessoa que se dedica à entomologia, ciência que estuda a vida dos insetos. Esse pesquisador também é chamado entomólogo.

Entre esses bichinhos, uns atentados e perigosos, outros de elevada importância científica, temos o rola-bosta, carregador de estrumes, que acaba adubando o subsolo de forma eficaz.

A formiga lava-pé é extremamente curiosa. Reage de forma violenta se invadem sua morada subterrânea, com milhares ao mesmo tempo atuando com picadas doloridas.

Que tal o leitor fazer a descrição do besouro chamado escaravelho-do-diabo. Esse bicho é o cara, cuja carapaça pode até provocar medo. Diga aí alguma coisa, meu caro.

Não precisamos falar das saúvas.

Cai, cai, tanajura, na panela da gordura.

A formiga-de-correição é esperta, que nem ela só, ligeirinha, fazendo seu caminho bem marcado, devorando tudo que encontra pela frente.

Etimologista, pessoa versada no conhecimento da etimologia, a ciência que estuda a origem e a formação das palavras de determinada língua. O etimologista é também chamado etimólogo. Temos muitos deles, e um que faz jus ao nome, profundo estudioso do nosso Português, é Antônio Houaiss, descendente de árabes.

Ornitologista, pessoa versada em ornitologia, parte da Zoologia que estuda as aves, um assunto, a nosso ver, muito interessante, em se tratando hoje de respeitarmos nossa flora, para que a fauna se mantenha. Sem árvores, a Natureza é morta, e até as cidades morreriam. Flora e fauna devem viver a simbiose perfeita, para que subsistam diante de tanto desmatamento.

Convide alguém a ir ao sítio, certamente, com plantas diversas, animais de várias classes, muito verde, e água, boa e abundante.

As aves são inteligentes e contribuem com a Natureza de forma incansável. São distribuidoras de sementes, fato que nem todos consideram fundamental para a sobrevivência das matas.

Na Caatinga, que vem sofrendo com assoreamento, voçoroca e outros males impostos ao Meio-Ambiente, temos o famoso corrupião, também chamado sofrê, de canto mavioso e cores chamativas, o amarelo e o preto, que lhe são básicos.

A rolinha-fogo-apagou, que canta lindo, fogo-pagô, fogo-pagô, sem ao menos abrir o bico. Canta de bico fechado. Incrível isso.

O pássaro motivou o homem a inventar o avião, e o nosso beija-flor, colibri para os espanhóis e mexicanos, é o grande motivador da existência dos drones, ‘pequenos aviões’ de utilidades imensas e incalculáveis. Pena que estejam sendo usados na guerra.

A ave-símbolo do Brasil é o sabiá-laranjeira, como o ES tem o beija-flor, a BA, o curió. O tuiuiú do Pantanal precisa sobreviver. Veja as aves-símbolo dos Estados brasileiros.

Vou ficar por aqui.

Sempre penso que o leitor tem o dom de completar o assunto comentado, de uma forma ou de outra. Às vezes, aparecem alguns que têm ojeriza ao tamanho do texto, e falam diabos, mas a gente não pode moldar a fala das pessoas. O gosto de um não é o de outro. Em certa parte, têm alguma razão, mas outros têm enorme preguiça de ler, e como não sou adepto da preguiça de ler um texto (que ocuparia 20 minutos), tasco lá algo maiorzinho. Muitos ficam uma hora vendo figuras digitais, e por que não poderiam ler por 15 ou 20 minutos?

O lasso tem tendência a ficar demente, como explica a ciência neurológica.

Comumente, não divulgo textos meus de livros e de concursos literários de que participo.

Poeta-advogado, professor jubilado, membro-efetivo da ATL (Academia Teixeirense de Letras), cadeira 27, venho pedir ao leitor que consulte este site (www.linguagemdocotidiano.com.br) e leia o texto Cidade Feliz, que tem a pretensão de ser o Hino Oficial de Nanuque, MG. Se gostar, divulgue.

Com 11 obras publicadas, escrevo um pouco, e tenho outras a publicar.

Estou, nestes dias, focado em escrever haicais, pequenos poemas, de origem japonesa, com apenas um terceto. A forma clássica traz na primeira estrofe 5 sílabas poéticas, na segunda 7, na terceira cinco.

Uma obra, a publicar, já está a caminho, com  cerca de 130 haicais e dez outros poemas, sob o título provisório Haicais vividos e outros poemas. Ou: Meus haicais queridos e outros poemas.

Vendo um caso de feminicídio ocorrido nesta região, e no Brasil são muitos, veio o seguinte haicai:

O Mundo inteiro

une a suposta afeição

e afasta o dinheiro.

Abraços. Obrigado.

João Carlos de Oliveira

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