Para o autor do blogue, este espaço é um lugar de familiares, um bar de amigos humildes, um local público como uma quermesse, uma feira-livre onde se conversa com o feirante, sábio que é, assim como se aprende o folclore – palavras novas, histórias, anedotas, experiências de vida. Isso é o máximo. Lembra o autor o mérito de Câmara Cascudo, o grande potiguar, o maior folclorista do Brasil, cuja tese é a de que a sabedoria está na simplicidade – se alguém quer aprender algo a mais, não deixe de conversar com as pessoas; nesse convívio, tem-se a prática, e não se morre afogado na teoria das aulas de um educandário, qualquer que seja o seu nível.
Este blogue quer viver o Português popular por dentro e por fora. Não quer a regra ‘fria’ da Gramática, embora convide o aprendiz a respeitá-la, mas quer a praticidade, o bê-a-bá espontâneo, sem se condenar o iletrado que diz “Nóis vai”, entretanto, fazendo uma análise socioeducativa sobre o doutor que venha a dizer “Se você fazer a festa, me avise”, ou o locutor de voz possante que usa o microfone para expor seu canhão mortífero “Acabou de chegar muitas novidades nesta cidade”.
O que é o culto, o erudito, o literário, o popular. Seria acreano ou acriano? Por quê? Como se entender uma palavra pejorativa. No campo da ortografia, fica pensando por que muitos veículos da comunicação usam Nova York quando deveriam usar Nova Iorque, assim como se usa nova-iorquino. Há pouco, leu um artigo de grande jornal de circulação nacional que escreveu ‘anti-terrorismo’, comentando o famigerado EI, mas se esquecendo de cumprir a Reforma Ortográfica – antiterrorismo, superpromoção.
Vamos ver de que João Carlos de Oliveira, o poeta-professor-advogado, é capaz. Há espaço para todo tipo de comentário – crítica, ovação, pedido, e o que mais vier à cabeça do leitor no momento da leitura.
Um abraço.