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‘A vida sempre sorri’, e que nós sorriamos também… Sempre!

O dia a dia nos ensina que devemos seguir nosso caminho sem muita bronca. Para que reclamar de tudo e de todos? Por que a ‘modernidade’ reclama tanto?

Vemos que isso não adianta, não resolve, não nos leva a bons momentos, a uma vida saudável.

Para sorrir não é preciso estar com a boca escancarada, mas com a feição alegre e suave, com um sorriso facial estampado e claro. Não falamos do riso, ou da risada, similar a uma gargalhada, mas do semblante sorridente, que pode ser demonstrado com a leve contração facial.

Um sorriso poético.

Isso é melhor, o que nos dá lucro.

‘Oi! Tudo bem?’, e, a partir desse instante, a conversa flui, dilata-se como a água da chuva à medida que os pingos aumentam, e pouco percebemos se não olharmos com muita atenção.

Cada gotícula, que faz aumentar a enxurrada, é uma palavra meiga, é um dizer com alegria, com a paciência de ouvir o outro, e não interromper a fala do interpelante. O diálogo se torna eficaz se sabemos ouvir o outro; o modo de interromper, antes de o falante ao lado dizer seus termos, é uma atitude grosseira, feia, antidemocrática.

Na audiência, cada parte tem sua vez, procedimento controlado pelo Juiz e/ou Mediador. A interrupção somente em momento especial, com a devida vênia do Árbitro.

Não precisamos concordar com a pessoa para respeitar sua opinião. E mesmo discordando de suas ideias, de seu modo de pensar, vamos dar-lhe a vez de falar.

Normalmente, por causa dessa maneira de falar ao mesmo tempo, nessa ocasião, pode-se chegar às vias de fato, sem nada resolver, o que gera dissabores. No popular, surge a briga, o fuzuê, e até porrada, sem precisar denominar outros resultados, que têm nomes diversos.

Em barezinhos, então, ao calor da bebida, seria mais fluente o modo de conviver desrespeitador, insensato.

Se existe a mulher rendeira, se existe o saci-pererê, existamos nós, cada um com suas ideias.

Se existe a acauã, que exista o gavião de penacho.

Se existe o tecelão, exista, também, como parte do universo cultural, o timoneiro, e o povo feliz viva a cantar, e que o samba de roda do Recôncavo Baiano, por ser belo, seja aceito da mesma forma que valorizam o axé.

Se existe o vaqueiro, que haja em seu reduto o lenhador, como o ourives cria as suas joias, e algumas são peças raras.

Se temos o musicista, que tenhamos, com toda a sua grandeza, ‘Dueto Dos Rosas’ (Dueto Duas Rosas), formado pelas ‘hermanas’ Emily e Sheyla, monumentais cantantes mexicanas, que dominam a música regional de sua terra, chamada ‘campirana’, com maestria. São ‘rosas’ porque têm esse sobrenome e porque, de fato, são duas belas rosas, de quaisquer cores (a branca, a rosa, a amarela, a vermelha).

Elas são um louvor, e ouvi-las faz bem à alma, ao cérebro, ao coração, ao deleite, e assim valorizemos a arte musical limpa, pura, saudável.

Cortando a sequência comentada, fazendo um paralelo, ou dando voltas, como alguns gostam de dizer, e de que não gostariam, vamos rever o verbo sorrir, em alguns tempos, que comumente oferecem dificuldade de escrita e de fala.

Eu sorrio, tu sorris, ele sorri, nós sorrimos, vós sorrides, eles sorriem (Presente do Indicativo).

Eu sorri, tu sorriste, ele sorriu, nós sorrimos, vós sorristes, eles sorriram (Pretérito Perfeito do Indicativo).

Eu sorria, tu sorrias, ele sorria, nós sorríamos, vós sorríeis, eles sorriam (Pretérito Imperfeito do Indicativo).

Que eu sorria, que tu sorrias, que ele sorria, que nós sorriamos, que vós sorriais, que eles sorriam (Presente do Subjuntivo).

Apure a pronúncia: eu sor-ri-o; eu sor-ri; ele sor-riu.

Nós sorríamos: sor--a-mos; que nós sor-ri-a-mos.

Não admiremos quem fala ‘eu sorro’, uma vez que não tenha ido à escola, divulga a linguagem ágrafa da convivência familiar e não estaria assimilando a linguagem coloquial (não sabe escrever nem lê textos de qualquer nível).

Então, sorria, que a vida nos pede isso; o carpe diem é iminente, necessário em nosso cotidiano.

Se você comunga essas ideias, parabéns; se as aceita, parabéns; se não gosta disso, fica o meu lado, pelo menos, de respeitar sua opinião.

Um abraço.

Curtinho, assim, e até o próximo.

 

João Carlos de Oliveira

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