Neste período de eleição em nosso País, há grande efervescência de pensares e falares em busca da Democracia, momento em que o candidato opina, e o povo de fato participa? Se o voto seria ‘a voz do povo’, por que não ser livre?
A Política, a arte de bem servir em prol de todos os cidadãos, vem à tona, mas, logo depois de se votar, a ‘memória’ a esquece, e tudo cai na rotina.
Em nossa Pátria, o voto não é livre, e, em sendo obrigatório, a demanda por ele é grande, chegando até a haver, como dizem os intérpretes, o voto de cabresto, direcionado a um fulano a mando de um comandante regional. Ainda perduram ‘atitudes’ do coronelismo? Difícil provar? Difícil, também, exemplificar ao contrário em muitos casos.
Por que o Brasil tem mais de 30 partidos políticos? No passado, se não for engano, tiveram o nome charmoso ‘agremiação política’.
O voto livre seria necessidade, implicaria a confirmação de que temos Democracia. Se o voto não é livre, não há Democracia; se há Democracia, o voto não poderia ser obrigatório.
A própria Lei gera incoerências obrigando o cidadão a votar? Tudo se direciona a votar, votar, votar! Nada mais!
Nos USA, o voto não é obrigatório, e há grande corrida às urnas, como aconteceu nesses dias no pleito americano, prova de que, se e quando o candidato é merecedor, o povo vota com espontaneidade.
Por que esse processo não se dá em nossas plagas?
O Brasil teria cerca de 170 milhões de eleitores, mas a abstenção é enorme, mesmo se pagando multa, mesmo se tendo transtorno com o não-votar, razão por que nosso voto seria de ‘revolta, raiva, pirraça’.
Voto de protesto elege candidato que não mereceria o número elevado de sufrágios a seu favor! O voto dado ‘para ver como é que fica’ não faz jus ao direito de votar, objeto de força legal.
Esse ‘direito’ não revela liberdade; revela, sim, obrigatoriedade, razão por que, semanticamente, voto como obrigação é usurpação do direito livre, ou blefe, subterfúgio, álibi de quem o pede; trata-se, muito mais, de imposição, de regra, de transgressão do direito livre, assim como não se pode impor a alguém fazer algo que não deseja fazer.
O voto obrigatório não coaduna com o livre-arbítrio, mesmo que se analise o aspecto subjetivo ou paradoxal de um e de outro, assim como o direito de ir e vir está implícito à dignidade humana. Haveria incoerência no que tange ao nosso ‘dever’ de votar? Falta no nosso Código Civil aspecto que não determine a obrigação do voto em eleições, quaisquer que sejam os níveis. Se somos livres, e há obrigação de votar, o voto, então, seria ‘crime’?
O que dizem a Ética e a Filosofia a esse respeito?
Paremos, neste momento crítico de nossas relações nacionais e de nossa credibilidade aqui e alhures.
O objetivo maior do artigo de hoje é mostrar a grafia votar (e palavras correlatas) em seis idiomas, que seriam os mais usados em todo o Universo, exceto três que, também, têm grande número de usuários: o Russo, o Mandarim (maior dialeto oficial da China) e o Árabe.
Como é essa grafia no Latim (tido como Língua Morta, que não o é em muitos casos, como na Igreja e em documentos), e nos seguintes idiomas: Inglês, Francês, Alemão, Italiano e Espanhol (seguindo essa ordem).
Votar: votare, to vote (voted, voting), voter, wählen, votare, votar.
“I voted for Joseph Biden for President of The United Sates of America”, talked me a great friend.
“In this city, someone has not my voting for mayer”, talked me other man.
Notamos que em Latim, e o Francês, Italiano e Espanhol, idiomas neolatinos, isto é, nascidos do próprio Latim, a grafia votar é muito próxima, em que a raiz ‘vot‘ fica mantida. O Inglês, mesmo sendo distante do Português em sua estrutura ortográfica, copiou do Latim a mesma raiz, por isso, ‘to vote’, o verbo votar para eles.
Voto: suffragium, com os sinônimos ora poéticos ora demagógicos, escrutínio secreto e sufrágio universal. Melhor votum, que tem quase o mesmo dizer: vote (ou voting), voeu, Wälerstimme, voto, voto (pela ordem).
Observa-se que o Alemão tem grafia própria, e voto para eles é palavra feminina, escrita com inicial maiúscula, enorme e difícil de falar: Wählerstimme, conforme um dicionário consultado.
Votação: votum, voting, scrutin (suffrage, votation), Wählen, voto (votazione, scrutinio), votación.
Eleitor: electore, elector (constituent), électeur, Wähler, elettore, elector.
A primeira parte de hoje se fecha aqui. Admitamos que outras palavras, como vereador, prefeito e deputado, fiquem para a semana entrante, na segunda parte desta análise.
Para não esquecer nossa grafia conturbada, veja a forma correta: bem-estar, o manda-chuva, reacender (o ato de recolocar fogo em; reascender seria o ato de ascender (subir) novamente; a alma reascendeu aos céus).
E três momentos marcantes de nossa cultura diversificada.
“Me dê um cafezinho!“, disse o viajante, frase que inspira simplicidade e gentileza pelo fato da colocação pronominal popular. Recebeu um copo americano ao gargalo, quase derramando. Tomou, saboreou, cuspiu parte e filosofou: “Frio e fraco, com formiga no fundo (do copo). Ficando fiado, fico freguês“, completou o homem sorridente.
“Ele não tinha fazido o exame antes” (sic), escreveu o foca em seu artigo comentando sobre a CNH exigida pelo Código Brasileiro de Trânsito para dirigir veículo motorizado. ‘Feito‘ para uns seria, apenas, o ato de fazer. O feito histórico do senador foi construir uma estrada vicinal asfaltada de acesso à sua propriedade rural. (Não tinha feito o exame.) E mais: “Ele tinha abrido a porta no momento da agressão” (sic), como consta de outro artigo. (Ele tinha aberto a porta, como tinha descoberto o malfeito; teria encoberto a casa com sapé e recoberto o telhado com novas telhas.)
‘Pit bull feriu, mortalmente, uma criança, mas seu ato foi culposo’, e, por não ter tido a volição de ferir, seu dono pode não ser julgado ou incriminado. Se essa moda jurisprudencial vier a pegar, vão soltar uma boiada de miúras no pátio de escola e não vai haver crime, mesmo com várias crianças feridas grave ou letalmente.